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Este é o meu canto cultural. Onde escrevo sobre a tecnologia que me rodeia, a internet, a música. Os livros que leio e tudo o que está à minha volta e me interessa.
Acabei de submeter uma execução de um subsídio dum Agrupamento relativo a um projecto do POPH (Programa Especial Potencial Humano) do Sistema Integrado de Informação do Fundo Social Europeu.
O Site é do estilo do costume, pouco intuitivo. Porém, funciona bem, é relativamente rápido e se tudo funcionasse como deve ser permitia um adequado controlo de como se gastam os subsídios.
Havia coisas que mudava, mas duma forma geral, gosto do site.
No anuncio para emprego que vi numa pesquisa no twitter, dizia:
Exigimos dinamismo e carácter voluntarioso.....
Assim, com reticências e tudo.
Tradução: TOC que trabalhe dezenas de horas extraordinárias, sem as receber e sem se queixar.
Este é o dia em que pedi pela primeira vez uma pizza on-line.
Registei-me na telepizza, morada, código postal, nome e já está.
O site para encomendar não é grande coisa a nível de usabilidade, mas é aceitável, é relativamente fácil descobrir o que queremos. É pena não ter o preço à vista, só depois de escolher é que se pode ver o preço.
Uma coisa é certa, pelo menos o pedido não vem errado, como acontecia pelo telefone (onde em oito pizzas chegou a faltar uma (não eram para mim, eram para oito pessoas, quando trabalhava na BP e era preciso fechar o mês)).
Hoje, há uma pausa na dieta intensiva, pizza tem queijo, mas graças aos excelentes serviços da segurança social que me ocuparam o dia das 8.40 às 14.00, tenho de ficar a trabalhar se quero ir de férias.
Mais uma semana passou sem que eu tenha tido oportunidade de preparar o post de Domingo à noite.
Nada como começar a semana, a ouvir uma excelente canção, olhando o sol sobre a baía de Cascais.
Tenho lido nos jornais, em alguns blogs, e apresentações de conferências, discussões, etc., a preocupação com a necessidade do emprendedorismo ser uma disciplina.
Que não fosse secundária, mas pelo menos universitária. No mínimo, que toda a preparação universitária não fosse, como hoje, direccionada apenas para apontar pessoas para o mercado de trabalho, mas para duas soluções: Mercado de trabalho, e possível criação duma empresa.
É natural que uma pessoa com os cursos de hoje em dia não tenha know-how suficiente para montar e gerir uma empresa.
Agora que penso nisso, no meu curso raramente ouvi falar em cliente, sempre o patrão, as empresas, o mercado de trabalho.
A alguns quilómetros daqui.
Estava eu a ver se aprendia alguma coisa sobre recursos humanos, recrutamento, gestão, etc., no site HRlink.in (sou de opinião que devemos estar atentos ao que se passa no BRIC, pode ser uma vantagem a longo prazo); Entrei num dos seus foruns e fui ter a um texto relativamente bom sobre a situação do emprendedorismo na Índia.
Vale a pena ler o retrato completo, para este texto destaco:
Entrepreneurship has earned a newfound respect in our country
This is a good sign for us to maintain the nine percent growth we talk about: we must create jobs and while the government can only play facilitator, the education system, especially our universities together with the industry must nurture the required ecosystem. Education needs to adapt its curriculum to encourage entrepreneurial skill sets right from high school onwards. Opportunity evaluation, risk taking, raising and leveraging resources, communications, and sales are survival skills; and these cannot be imbibed through an intensive dose later in life. If students are given opportunities to practice these skills in the relatively safe and risk-free environment of an academic institute, young people, when they do start ventures, will have higher chances of success.
Estas palavras vão exactamente de encontro ao que por cá se vai dizendo, nomeadamente nos meios ligados ao Venture Capital, Seed Capital, Business Angels, etc.
Porque é que tenho a sensação que a Índia o vai fazer muito primeiro que Portugal?
No final de 2008, quando planeava a Códice de Papiro, pedi um certificado de admissibilidade, para o nome que na data pretendia.
O nome em questão era 4Calc. Por motivos diversos, com implicações diversas, e até por preferir um nome internacionalizável, um nome fácil de memorizar quando visto num URL ou numa carta.
A resposta ao pedido foi enviada para uma empresa de criação de gado biológico em Barrancos, cujo responsável simpáticamente me telefonou e informou que tinha de escolher outro nome.
O senhor enviou-me a carta, e quando recebi, vi que o motivo do chumbo era: Confusão com: Forcalque - Representações de Papéis, Lda., Rio Tinto.
Fiquei estupefacto com tamanha audácia de quem faz estas análises, mas admito que a verdade é que soa parecido se pensarmos em inglês. Mas confusão? Que Confusão? Zonas distintas, actividades distintas e principalmente grafias muito distintas.
Como precisava de trabalhar, e para o fazer de forma legal precisava de empresa criada, pois não tinha interesse em abrir actividade independente, decidimos escolher um nome pré-aprovado.
É de loucos! 50% dos nomes, parecem adequados para bordéis. Outros têm palavras inexistentes, gíria. A lista parece saída duma brainstorm de miúdos do 10º. ano.
Cheguei a ver alguns interessantes, mas que desapareciam logo no dia a seguir. About More, Bookalpha, Index Alpha, eram exemplos. Curiosamente, não encontro o rastro destas empresas na internet.
Entre os nomes de empresas para escolher, havia no dia em que fomos iniciar a CP estas pérolas, entre centenas:
BUGANVÍLIAS LUMINOSAS
CARACÓIS LONGOS
CARRADAS DE RAZÃO
COMPADRE FOLIÃO
ESTOU NA LUA
FADAS E NINFAS
GRANDE PESTINHA
JACINTO LILÁS
LINDA CEIFEIRA
LOUCURAS VIVAS
MAÇANETA DOURADA
MANHÃ DA COBRA
MUITA PARRA, POUCA UVA
NUTRIGOMOS
O FULANO DO BALÃO
RAIVINHA DE DENTES
RODOPIAR NAS ONDAS
SUPERPACOTE
TALCO E TERNURA
TORRE DAS PATACAS
VESPA-DO-MAR
Ora, perante uma lista deste calibre, como proceder?
Fomos lendo a lista e cada um dos sócios escrevia os vários nomes de que gostava num papel. Juntamos os nomes e cada um classificou, os nomes por ordem de preferência, e foi escolhido o que teve menor pontuação somada.
Códice de Papiro, não foi a minha opção n.º 1, foi na realidade a n.º 2. (vicissitudes duma Assembleia democrática) :)
Mas o mais irónico, é que eu já tinha tido relações comerciais com um empresa chamada Papiro. Agora já não há confusão? Há. Num Banco, perguntaram-nos se tinhamos alguma coisa a ver com a Papiro, de quem eles eram clientes.
O mais curioso, é que ainda há a PAPIRO - PAPELARIA DE CANELAS LDA, Vila Nova de Gaia ; a PAPIRO REAL - ACTIVIDADES HOTELEIRAS LDA na Moita ; a PAPIRO - COMÉRCIO DE ARTIGOS DE PAPELARIA LDA em Viseu ; a PAPIRO-PAPELARIA,LIVRARIA E TABACARIA LDA. em Grândola, a PAPIRO-SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES LDA em Lisboa ; a FANTASIAS DE PAPIRO, UNIPESSOAL LDA, em Cascais, a PAPIRO D'OUTRORA em Vila Franca de Xira ; a PAPIRO MÁGICO - VESTUÁRIO, na Maia, a JORNAL DE PAPIRO em Sintra; a PAPIRO - REPRESENTAÇÕES, LDA em Espinho, a PAPIRO PUBLICIDADE E MARKETING, em Espinho ,e ainda, a PAPIRO YATCH LINE - ASSISTÊNCIA NAÚTICA na Figueira da Foz.
Não há confusão? Há mais uma Papiro, que é assim que os clientes se referem à nossa empresa.
A pessoa que chumbou 4Calc por ser parecido com Forcalque, meu Deus, nem sei que merecia, mas sei que só me vêm à mente pensamentos pecaminosos que incluem paus, quando penso, como somos gozados pela administração pública em Portugal.