Os portugueses no twitter têm mostrado opiniões exageradas no que diz respeito ao falhanço épico que é o anúncio do Pingo Doce.
Quem é que, estando bom da cabeça, vai deixar de ir ao Pingo Doce, por causa de terem feito um mau anúncio? Ninguém. O serviço que o Pingo Doce presta é exactamente o mesmo. Será uma minoria residual, se houver alguém que deixe de ir ao Pingo Doce agora por já não se identificar com a marca.
Se fosse a Apple a cometer um erro destes, aí sim, seria grave, dado que a Apple utiliza os consumidores mais curiosos para espalhar a mensagem, criando uma espécie de culto.
O Pingo Doce é um negócio que não funciona assim, pelo que o que se falou no Twitter (e parece que no facebook) acabou por repetir a palavra até à exaustão. Eu próprio a escrevi algumas vezes e aqui continuo a repetir: Pingo Doce. Possivelmente até foi melhor para o Pingo Doce que se tenha falado do que ficasse o desastrado anúncio e silêncio.
Objectivo do anúncio.
A ideia do anúncio começou mal logo à partida. Com o anúncio, o Pingo Doce pretendia passar duas ideias na sua imagem institucional:
Um atendimento perfeito cheio de sorrisos, e;
A ideia que o Pingo Doce há décadas que não muda, que há décadas que é como hoje (até o Palácio da Pena mudou de cor, e o Pingo Doce continua igual).
Provavelmente esta decisão foi gerada por dois factores: Colocar-se lado a lado com Modelos, Continentes e Jumbos, com imagens institucionais mais sólidas e talvez a campanha do MiniPreço, que afirma que foi o mais barato nos bons tempos, nos maus tempos e no futuro tempo das vacas gordas.
O problema de substância, é que o Pingo Doce mudou em tempos recentes, e muito. Baixou o nível de preços, eram supermercados um pouco mais caros (durante uns tempos passaram uns anúncios onde mostravam reduções, garantindo que não era promoção, era redução constante), e mudou também de imagem: Passou o logotipo verde para letras brancas sobre preto.
Em vez de valorizar a mudança e o esforço que fez para baixar preços, pretendem fingir que sempre foram assim.
Quanto à forma: É um péssimo anúncio. Música chata, bandeira ao contrário, tudo muito perfeito.
Erro: Grande investimento deitado à rua.