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Este é o meu canto cultural. Onde escrevo sobre a tecnologia que me rodeia, a internet, a música. Os livros que leio e tudo o que está à minha volta e me interessa.
Como havia referido em posts anteriores para o caso português, a distribuição de combustíveis não é um negócio atractivo, gera baixa rendibilidades de capitais para investimentos de longo prazo.
Como referi na altura, seria vantajoso para a Galp deixar de distribuir combustíveis e dedicar-se apenas à extracção. (Isto implica que conseguia sair da distribuição recuperando o investimento (vendendo cada um dos postos que possui pelo valor do investimento a recuperar))
Se isto não é fácil para a Galp e traria consequências graves para o país (que alguns não viram na altura do boicote sem sentido), uma empresa a sério avançou.
A gigante ExxonMobil descontinuou a distribuição de combustíveis nos E.U.A.
Segundo a reuters a Exxon deixou de distribuir para revendedores e vai vender os 2200 postos próprios que possui. No entanto, ainda nada é referido no site da Exxon.
Os donos de postos próprios vão ter assim que encontrar outros distribuidores. Resta saber se haverá capacidade de distribuição. Não conheço a realidade dos E.U.A. para perceber o impacto desta decisão, mas se em Portugal se passasse o mesmo com a Galp, BP ou Repsol, seria terrível.
Mas, mais do que a rendibilidade anual do investimento, pode haver outro factor que tenha pesado na decisão da Exxon:
Quantos anos mais durará o tráfego automóvel como o conhecemos?
Uma perspectiva terrível é a que o negócio do automóvel e gasolinas pode acabar a curto prazo. Haverá na Exxon, a visão que o negócio do automóvel e dos combustíveis está a acabar, e não vale a pena investir?
Poderá haver. O Telegraph.co.uk já coloca a questão para discussão (link). Pelo rumo que as coisas estão a tomar é possível que utilizar um carro seja um custo que as famílias não possam suportar.
Algum trabalho está a ser feito para acabar com a idade do petróleo (ver aqui) e perante esta informação como devem agir as companhias petrolíferas?
Vamos ver como evoluem as coisas nos próximos meses.