por Nuno Saraiva, em 06.01.08
Como a
Lucyta alertou, afinal ainda existem ardinas. Não são ardinas como eu os concebia - crianças de calções, ou adultos em idade de reforma de jornais no saco, mas sim os donos de quiosques ou empregados destes.
Estes têm uma associação, dita cultural (
AAL) e até são contra os jornais gratuitos (
aqui ou
aqui). E têm, na minha opinião, razão.
Os quiosques, bem como qualquer estabelecimento que queira ocupar espaço público (esplanada, cartazes, etc.) pagam aluguer de espaço à Câmara Municipal.
Os jornais gratuitos, porque se trata de uma oferta, não são obrigados a pagar o espaço. Porém isto não é totalmente correcto. Apesar do jornal não ser entregue a troco de dinheiro, ele é pago pela inevitabilidade do leitor passar os olhos pela publicidade. Publicidade que os anunciantes pagam. Por isso, acho que tal como as acções publicitárias de distribuição de amostras, também as distribuições de jornais devem ser taxadas.
O outro lado da questão, é se esta taxa inviabilizará algum dos jornais, e os lisboetas voltam a ler menos.