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Este é o meu canto cultural. Onde escrevo sobre a tecnologia que me rodeia, a internet, a música. Os livros que leio e tudo o que está à minha volta e me interessa.
O Rui Moura mostrou-se estupefacto com o facto de haver queixas-crime de abuso fiscal por parte da DGCI.
A mim surpreende-me esta capacidade de generalização, considerando estas queixas uma pouca vergonha.
Esta opinião revela ou que defende uma cobrança coerciva por parte do Fisco, sem precisar de dar explicações ou se suportar em legislação, ou não tem conhecimento de como tem actuado o fisco.
A meio do mandato do Dr. Paulo Macedo, a DGCI iniciou uma recuperação de impostos incutindo nos empresários e contabilistas o medo. Os departamentos financeiros das empresas e os contabilistas têm sido pressionados verdadeiramente com multas por isto e por aquilo.
Como se sabe, nem tudo na administração central funciona bem. Há processos com erros. E o que é verdadeiramente inaceitável do meu ponto de vista, é a administração fiscal não aceitar reclamações - se determinada identidade receber uma notificação para pagar uma multa por causa do imposto que não deve (por exemplo IMI dum edifício que não possui), tem que pagar na mesma, senão conta penhorada.
É justo? Não. E acho muito bem que se apresente queixa e o Estado devolva o dinheiro remunerado com o custo de oportunidade do capital da empresa.
Isto para não falar de empresas que encerraram actividade, e aparece no escritório do TOC, notificação + multa, por falta de declaração de impostos.
E para não falar dos casos em que penhoram a conta bancária, e vai-se à repartição de finanças e dizem que não há penhora nenhuma. Ou há, mas é outro valor!!
Uma coisa sei: 2007 foi pródiga em notificações indevidas, nomeadamente de IVA e do PEC. Para quem as recebe, é coisa para tirar o sono.
Como cidadão europeu que sou, fico feliz pelo projecto europeana, que tive conhecimento aqui.
Imagens, quadros, histórias, escritos de toda a Europa juntos num só site. Tudo relacionado por tags ou por pesquisa. Restringindo a data ou local ou a pessoa. Penso que este projecto merece todo o apoio da União Europeia.
Tive a navegar no protótipo do site, como se de um tutorial se tratasse, e surpresa final: Um link para o youtube.
Gostei do ambiente de enciclopédia do Europeana. Espero que tenha futuro.
Luca Pacioli publicou os primeiros princípios de contabilidade em 1494. Nessa altura não havia mercado de acções. Não havia sequer acções.
Porém em 1602 surge a primeira empresa com estrutura accionista. Foi a Dutch East India Company.
A finalidade maior da contabilidade devia ser, na minha opinião, apurar o valor duma empresa. Tem-se entendido que o valor duma empresa é o resultado liquido e realizável da venda/recebimento dos seus Activos e pagamento dos seus passivos.
Isto é a pura das verdades, comummente aceite, no caso da inexistência da acções cotadas.
O verdadeiro valor duma empresa não são só Activos e Passivos, está também noutros itens mais dificilmente mensuráveis, o valor da marca, do seu capital intelectual, clientela, etc.
Em suma, o valor duma empresa é a sua capacidade de gerar dinheiro para o investidor. Que supostamente é o que reflecte o mercado bolsista.
Já passaram mais de 400 anos, e a contabilidade continua fiel a Pacioli, quem olha para um balanço de qualquer empresa (penso que as US GAAPS também não reconhecem estas mais ou menos valias), e podemos deduzir o mesmo duma empresa com baixas cotações e doutra excelentemente cotada.
Por mim, era altura de mudar.
Por vezes quem detém grandes marcas acaba por se iludir, e esquecer que existe concorrência.
Naturalmente o brand passa para a área Strong da análise S.W.O.T., e a empresa deixa de cuidar da imagem da sua marca.
Foi o que aconteceu à Levis.
A Levis começou por ser uma mercearia com o nome do dono, que abriu em 1853, situada numa zona de madeireiros e mineiros. Detectou a dificuldade que os mineiros tinham de encontrar calças que durassem. Em 1873 criou as primeiras calças. Umas Levis Strauss 501. As calças ganharam fama, primeiro no mundo dos trabalhadores (madeireiros, mineiros, agricultores, cowboys, trabalhadores das plataformas petrolíferas etc.)
Na década de 1950 foi um ícone da moda jovem, tendo como grande cliente James Dean.
Estando no top, decidiram diversificar. Compraram diversas empresas fabricantes de roupa pronto a vestir nos anos 70, e passaram a ter todo o tipo de roupa, bem como a criar calças para não-trabalhadores.
Porém, todas estas áreas corriam mal, e as calças 501 continuavam a aumentar unidades vendidas. O seu pico foi 502 milhões de pares calças em 1981.
Perante este facto, os herdeiros do negócio, a família Haas, descontinuou tudo o que não eram calças de ganga para trabalho e ficou a Levis novamente com as jeans apenas.
Mas nos meados da década de 80 começou a surgir a associação de roupa a correntes ideológicas. A moda começou a ter verdadeira influência na população e a Levis em 1989 já só vendia 387 milhões.
Com o moda da ganga dos anos 70 tinha-se implementado no mercado a Lee, a Wrangler, e a Rustler. A Gap apareceu com muito mercado nos jovens da classe média alta. Nos adultos Calvin Klein eTommy Hilfiger, tinham as jeans que estes procuravam. Na Europa a Diesel, a Chevignon e a Uniforme tinham cada vez mais mercado. A corrente surfista, que foi imensa a partir dos anos 80, deixou de usar calças de ganga, e olhavam para marcas como Junco, Mudd, Arizona, Fubu, Badge, Union Bar, Canyon River Blues, Bongo, Faded Glory, Billabong, Quicksilver e outras.
Ainda assim, em 1990 a Levis tinha 48% do mercado mundial de jeans. Em 1998 já só tinha 25% do mercado.
Hoje tem uma quota mínima do mercado, dada a evolução deste sector.
Que erros terá cometido a Levis?
1 - Primeiro diversificou e voltou atrás. Desgastou a marca.
2 - Teve no topo da montanha mas não deixou lá a bandeira. Se somos os melhores, os que vendemos mais, esse facto deve ser reconhecido no mercado. Não explorou este facto para se diferenciar da concorrência.
3 - Não explorou o conceito de original. Como fizeram por exemplo a Coca-cola ou a Gillete.
Fonte:
http://inventors.about.com/od/sstartinventors/a/Levi_Strauss.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Levi_Strauss
Foto 1 e 3 : site oficial
Foto 2 : Flávio Ferrari (creative commons)
Fiz algumas alterações no template do blog.
Eliminei algumas categorias que não fazia sentido manter. Eram subcategorias ou coisas do passado com poucos posts.
Coloquei em destaque os últimos comentadores. Optei por moderar os comentários. A regra que para já adoptei, é que a partir dum momento que para o e-mail haja um comentário aprovado, a pessoa pode comentar sem mais moderação.
Por falar em comentários, tenho no spam imensos links para sites de publicidade. Não sei até que ponto isto é legal, estão a usar o meu conteúdo em páginas carregadas de publicidade.
Vou agora dar mais alguma atenção às estatísticas. Nomeadamente às da feed (http://feeds.feedburner.com/MentePositiva) que têm vindo a aumentar consideravelmente.
Também no site fiz algumas mudanças ligeiras. Pequenos acertos no conteúdo e no CSS.
Tenho em mente colocar lá mais informação sobre a criação de empresas on-line, dado que esse é um tema que de forma recorrente é pesquisado nas palavras chave que linkam a este blog.
Como as convicções podem mudar.
A petição contra a cadeia Holmes Place foi encerrada. Ora como nada mudou, dá que pensar: Foi encerrada porquê? A verdade é que não se sabe bem.
Na petição, a explicação é a seguinte:
Lisboa, 15 de Fevereiro de 2008: A petição online contra a cadeia de Health Clubs Holmes Place foi encerrada pacificamente após audiência com a instituição. O movimento online quis manifestar a indignação dos associados face à redução da taxa de IVA não incidir no preço final das mensalidades. Não querendo que o movimento online tomasse proporções que danificassem desnecessariamente a imagem do Holmes Place a empresa sempre esteve disponível e mostrou sensibilidade ao ouvir osnossos argumentos, apresentando de imediato soluções aceitáveis, nomeadamente produtos alternativos.Os criadores da petição online apenas quiseram ver uma mudança de atitude por parte do Holmes Place, o que aconteceu, não querendo difamar ou denegrir a sua imagem junto dos seus associados e da opinião pública. Acima de tudo, partilhamos todos os mesmos objectivos na prática saudável de exercício físico e reconhecemos no Holmes Place uma das maiores empresas no mercado.